Para falar sobre o ODS 7 – Energia Limpa e Acessível, o “Diálogos Envolverde – Maratona ODS” recebeu Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – Absolar.
Sauaia afirmou que tem uma visão otimista para o Brasil em relação ao objetivo principal do ODS. Segundo ele, o uso excessivo de energias fósseis durante o século XX, foi importante para o progresso, mas deixou graves sequelas ambientais que precisam ser revertidas.
“A grande sacada dessa transição que tem acontecido nesse momento, é que não é mais uma questão de escolha entre a economia e o meio ambiente, é uma escolha para a gente continuar avançando a nossa economia em alinhamento com o meio ambiente ganhando competitividade”, afirma.
Com dados, o presidente da Absolar destaca que as energias renováveis já
representam uma grande força econômica para o mundo, gerando emprego e investimentos, além das melhorias ambientais. Segundo informações da Bloomberg, as energias eólica e solar representam mais de 65% da capacidade de geração de energia elétrica do mundo.
Sauaia destacou que o Brasil saiu na frente quando anunciou que 45% de sua matriz energética vinha de fontes renováveis, enquanto a média de outros países estava abaixo de 20%. Agora, os índices permanecem estáveis, o que demonstra a necessidade de esforços do poder público e da sociedade civil para que o país continue evoluindo nesse aspecto.
O bate-papo também aborda a necessidade de acesso à energia elétrica, a relação de fontes renováveis de energia com os demais ODSs e ainda o futuro do tema no país.
Rodrigo Sauaia é co-fundador e presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). É co-fundador e membro do conselho diretivo do Global Solar Council (GSC). É consultor estratégico para a área de energia solar fotovoltaica junto ao Greenpeace Brasil. Possui doutorado em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com colaboração internacional na área de energia solar fotovoltaica realizada no Fraunhofer Institut für Solare Energiesysteme (Fraunhofer ISE, Alemanha), mestrado em Energias Renováveis com especialização em Energia Solar Fotovoltaica realizado na Loughborough University e na Northumbria University, no Reino Unido, com colaboração internacional realizada no ETH Zürich, na Suíça, além de bacharelado e licenciatura em Química pela Universidade de São Paulo.
ODS 7 e a Cidade de São Paulo
Como reflexo da crise hídrica, o sistema tarifário da conta de luz já subiu mais de 50% no Brasil. São Paulo é a cidade que mais consome energia elétrica em todo estado, segundo o Anuário Estatístico de Energéticos, por isso, é inevitável que os moradores da capital estejam sentindo no bolso o impacto do crescimento dos preços.
Criar soluções energéticas vindas de outras fontes, como o sol, pode ser também uma saída de redução das desigualdades e melhoria da situação econômica da população. Fomentar soluções para implantação desses sistemas, como estipula o ODS, é pensar em mais acesso a esse serviço básico e essencial para todos.
Nações Unidas
Até 2030, assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a serviços de energia.
Brasil
Meta mantida sem alteração. +
Nações Unidas
Até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz energética global.
Brasil
Até 2030, manter elevada a participação de energias renováveis na matriz energética nacional. +
Nações Unidas
Até 2030, dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética.
Brasil
Até 2030, aumentar a taxa de melhoria da eficiência energética da economia brasileira. +
Meta 7.a
Nações Unidas
Até 2030, reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso a pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas, e promover o investimento em infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa.
Brasil
Meta mantida sem alteração. +
Meta 7.B
Nações Unidas
Até 2030, expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis para todos nos países em desenvolvimento, particularmente nos países menos desenvolvidos, nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e nos países em desenvolvimento sem litoral, de acordo com seus respectivos programas de apoio.
Brasil
Até 2030, expandir a infraestrutura e aprimorar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis para todos. +
Desenvolvi um projeto de educomunicação com os alunos do 6º ao 9º ano, onde eles criaram podcasts sobre cada um dos ODS para dar voz a um grande graffiti sobre o tema que tínhamos em um muro do pátio, professora Karen Sellis, EMEF Prof Laerte Ramos de Carvalho. Saiba mais