ODS 14
Vida na água

Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas

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Para falar do ODS 14, Vida na Água, o “Diálogos Envolverde, Maratona ODS” ouviu Paulina Chamorro, jornalista e co-fundadora da Liga das Mulheres pelo Oceano.

Paulina destacou a importância dos oceanos para a vida das pessoas e para o planeta, mencionando que, na avaliação dela, o grande “pulmão do mundo” são eles, já que nos fornecem, por exemplo, oxigênio por meio da evaporação, alimentos e equilíbrio climático. 

“A gente conhece mais da lua do que do próprio oceano, então a gente precisa entender no que ele impacta, já que ele é predominante na nossa vida e no equilíbrio do planeta. Sabemos apenas 10% de tudo o que o oceano poderia nos colocar, o suficiente para sabermos que estamos trilhando um caminho de um impacto muito grande”, alerta a jornalista. 

Entre as principais consequências que as atitudes dos seres humanos têm nos oceanos, ela cita as poluições hídrica, plástica e por agrotóxicos. Além de inúmeros impactos causados pela exploração excessiva da pesca e dos recursos minerais. 

A convidada também comentou sobre a chamada “Década da Ciência Oceânica”, iniciada neste ano, sobre a experiência de percorrer do Oiapoque ao Chuí em um veleiro, conservação das zonas costeiras, entre outras questões. 

A especialista aposta na comunicação como uma importante ferramenta para conscientizar a população sobre como as atitudes do dia a dia refletem diretamente nos oceanos e reforça que as previsões apontadas pelos estudiosos não se tratam de “futurologia” e sim de algo embasado em pesquisas, e que isso tudo precisa ser traduzido de maneira acessível e confiável para todas as pessoas.

Paulinha Chamorro é

Jornalista, especialista em cobertura de temas socioambientais. Trabalhou na Rádio Eldorado, onde também foi coordenadora de projetos especiais de sustentabilidade, alguns emblemáticos como o Pintou Limpeza, de educação ambiental. Foi produtora e repórter do projeto Mar sem Fim, percorrendo de veleiro por 3 anos toda a costa brasileira e com transmissão pela TV Cultura. E foi produtora de campo na Amazônia brasileira da documentarista Celine Cousteau. Recebeu duas vezes o Prêmio Socioambiental Chico Mendes, como melhor programa de rádio. Em 2016 recebeu a Medalha João Pedro Cardoso, condecoração do Governo do Estado de São Paulo, pela atuação na comunicação sobre cultura e meio ambiente. 

Em 2019 recebeu o título de cidadã paulistana pela Câmara de Vereadores de São Paulo. Tem o podcast Vozes do Planeta, é uma das idealizadoras da Liga das Mulheres pelos Oceanos, um movimento feminino de luta pela conservação dos mares, e colaboradora fixa da National Geographic Brasil desde 2017, produzindo reportagens e conteúdo para o projeto Planeta ou Plástico e desde 2019 sobre o projeto-reportagem Mulheres na Conservação.

ODS 14 e a Cidade de São Paulo

Por mais que São Paulo não seja uma cidade litorânea  e não tenha competência direta para o cumprimento dessas metas, é notório que todo tipo de poluição, principalmente a hídrica e atmosférica, tem impacto nos ecossistemas marinhos. 

Vale destacar também que ainda existe em muitas cidades o descarte irregular de efluentes líquidos, resíduos industriais e resíduos sólidos diretamente ao mar, algo que não pode ser deixado de lado e que precisa ser fiscalizado com apoio dos municípios. 

Outro ponto importante é que não podemos deixar de associar o cumprimento dos ODS 6 – Água potável e Saneamento, 11 – Cidades e Comunidades sustentáveis, 13 – Ação contra a Mudança do Clima, e 15 – Vida terrestre, para o sucesso do cumprimento das metas do ODS 14.

Nações Unidas

Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Nações Unidas

Até 2020, gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos, inclusive por meio do reforço da sua capacidade de resiliência, e tomar medidas para a sua restauração, a fim de assegurar oceanos saudáveis e produtivos.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Nações Unidas

Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, inclusive por meio do reforço da cooperação científica em todos os níveis.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Nações Unidas

Até 2020, efetivamente regular a coleta, e acabar com a sobrepesca, ilegal, não reportada e não regulamentada e as práticas de pesca destrutivas, e implementar planos de gestão com base científica, para restaurar populações de peixes no menor tempo possível, pelo menos a níveis que possam produzir rendimento máximo sustentável, como determinado por suas características biológicas.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Nações Unidas

Até 2020, conservar pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas, de acordo com a legislação nacional e internacional, e com base na melhor informação científica disponível.

Brasil

Até 2020, conservar pelo menos 25% das zonas costeiras e marinhas, principalmente áreas de especial importância para a biodiversidade e serviços ecossistêmicos, assegurada e respeitada a demarcação, regularização e a gestão efetiva e equitativa, visando garantir a interligação, integração e representação ecológica em paisagens marinhas mais amplas, de acordo com a legislação nacional e internacional, e com base na melhor informação científica disponível.

Nações Unidas

Até 2020, proibir certas formas de subsídios à pesca, que contribuem para a sobrecapacidade e a sobrepesca, e eliminar os subsídios que contribuam para a pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, e abster-se de introduzir novos subsídios como estes, reconhecendo que o tratamento especial e diferenciado adequado e eficaz para os países em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos deve ser parte integrante da negociação sobre subsídios à pesca da Organização Mundial do Comércio.

Brasil

Até 2020, avaliar certas formas de subsídios à pesca, que contribuem para a sobrecapacidade e a sobrepesca, considerando a eliminação dos subsídios que contribuam para a pesca INN, e abstendo-se de introduzir novos subsídios como estes, reconhecendo que o tratamento especial e diferenciado adequado e eficaz para os países em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos deve ser parte integrante da negociação sobre subsídios à pesca da OMC.

Nações Unidas

Até 2030, aumentar os benefícios econômicos para os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos, a partir do uso sustentável dos recursos marinhos, inclusive por meio de uma gestão sustentável da pesca, aquicultura e turismo.

Brasil

Até 2030, aumentar os benefícios econômicos para todos os países, em especial os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos, a partir da gestão sustentável dos recursos marinhos, inclusive a pesca, aquicultura e turismo.

Meta 14.a

Nações Unidas

Aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de pesquisa e transferir tecnologia marinha, tendo em conta os critérios e orientações sobre a Transferência de Tecnologia Marinha da Comissão Oceanográfica Intergovernamental, a fim de melhorar a saúde dos oceanos e aumentar a contribuição da biodiversidade marinha para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, em particular os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países menos desenvolvidos.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Meta 14.B

Nações Unidas

Proporcionar o acesso dos pescadores artesanais de pequena escala aos recursos marinhos e mercados.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Meta 14.C

Nações Unidas

Assegurar a conservação e o uso sustentável dos oceanos e seus recursos pela implementação do direito internacional, como refletido na UNCLOS [Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar], que provê o arcabouço legal para a conservação e utilização sustentável dos oceanos e dos seus recursos, conforme registrado no parágrafo 158 do “Futuro Que Queremos”.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Depoimentos
Professores em sala de aula
Karen Sellis

Desenvolvi um projeto de educomunicação com os alunos do 6º ao 9º ano, onde eles criaram podcasts sobre cada um dos ODS para dar voz a um grande graffiti sobre o tema que tínhamos em um muro do pátio, professora Karen Sellis, EMEF Prof Laerte Ramos de Carvalho. Saiba mais

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