ODS 3
Saúde e Bem-estar

Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

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Para falar do ODS 3 – Saúde e Bem-estar, o “Diálogos Envolverde, Maratona ODS” ouviu Paulo Saldiva, médico patologista e professor da Universidade de São Paulo – USP.

O especialista destacou as dificuldades de evolução, principalmente das grandes cidades, no caminho em busca da saúde e bem-estar de suas populações. Um dos temas abordados é a Meta 5, que prevê o “reforço e a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool”. Para Saldiva, o estilo de vida nas grandes cidades, com a falta de convívio social e afeto são grandes gatilhos para o desenvolvimento dessas e outras doenças, como as psiquiátricas, por exemplo:

“Se a cidade for um obstáculo para se movimentar, ou se você não tiver condições de reencontrar pessoas que você gostava ou refazer novas relações e recuperar o seu papel, você terá uma vida solitária. E isso é um grande sinal

para o indivíduo chegar um dia e ir pegar coragem em álcool, ele vai fumar e vai fazer o uso de drogas ilícitas”, afirma Saldiva.

A dificuldade de locomoção também é um fator decisivo para o acesso à saúde, outra meta deste ODS. Paulo afirma que até a qualidade das calçadas pode impedir um atendimento médico.

Além desses temas, o professor da USP destaca problemas no trânsito, as dificuldades diante das diversas epidemias modernas como o Coronavírus e a Dengue, as mudanças ambientais causadas pelo crescimento desenfreado das metrópoles e como elas interferem no bem-estar da sociedade.

Paulo Saldiva é médico e pesquisador nas áreas de Anatomia Patológica, Fisiopatologia Pulmonar, Doenças Respiratórias e Saúde Ambiental, Ecologia Aplicada, Cidades e Saúde Humana, Humanidades e Antropologia Médica. Ciclista e gaitista. Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de abril de 2016 a abril de 2020.

ODS 3 e a Cidade de São Paulo

Falar de saúde e bem-estar é falar de pessoas e é nas cidades, como São Paulo, que estas pessoas vivem. Então, como vimos na fala do médico Paulo Saldiva, é preciso que os ambientes urbanos sejam repensados com este viés para que o mundo atinja as metas estabelecidas para este ODS.

Muitas das metas deste ODS estão relacionadas à prevenção, o que se obtém a partir de acompanhamento e assistência básica. Há também os objetivos ligados à saúde mental, aspecto diretamente conectado com a arquitetura das cidades e a criação de oportunidades de convívio e disponibilidade de espaços de lazer.

Acidentes de trânsito e acesso a serviços de saúde também são questões vinculadas aos projetos urbanos.

Nações Unidas

Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos.

Brasil

Até 2030, reduzir a razão de mortalidade materna para no máximo 30 mortes por 100.000 nascidos vivos. +

Nações Unidas

Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos.

Brasil

Até 2030, enfrentar as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, objetivando reduzir a mortalidade neonatal para no máximo 5 por mil nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para no máximo 8 por mil nascidos vivos. +

Nações Unidas

Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis.

Brasil

Até 2030 acabar, como problema de saúde pública, com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária, hepatites virais, doenças negligenciadas, doenças transmitidas pela água, arboviroses transmitidas pelo aedes aegypti e outras doenças transmissíveis. +

Nações Unidas

Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.

Brasil

Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, promover a saúde mental e o bem-estar, a saúde do trabalhador e da trabalhadora, e prevenir o suicídio, alterando significativamente a tendência de aumento.

Nações Unidas

Reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool.

Brasil

Reforçar a prevenção e o tratamento dos problemas decorrentes do uso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool. + humana. +

Nações Unidas

Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes em estradas.

Brasil

Até 2030, reduzir pela metade as mortes e lesões por acidentes no trânsito.

Nações Unidas

Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais.

Brasil

Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços e insumos de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento reprodutivo, à informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais. +

Nações Unidas

Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos.

Brasil

Assegurar, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a cobertura universal de saúde, o acesso a serviços essenciais de saúde de qualidade em todos os níveis de atenção e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes e de qualidade que estejam incorporados ao rol de produtos oferecidos pelo SUS.

Nações Unidas

Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água do solo.

Brasil

Meta mantida sem alteração.

Meta 3.a

Nações Unidas

Fortalecer a implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco em todos os países, conforme apropriado.

Brasil

Fortalecer a implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco no Brasil. +

Meta 3.B

Nações Unidas

Apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para as doenças transmissíveis e não transmissíveis, que afetam principalmente os países em desenvolvimento, proporcionar o acesso a medicamentos e vacinas essenciais a preços acessíveis, de acordo com a Declaração de Doha, que afirma o direito dos países em desenvolvimento de utilizarem plenamente as disposições do acordo TRIPS sobre flexibilidades para proteger a saúde pública e, em particular, proporcionar o acesso a medicamentos para todos.

Brasil

Apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias e inovações em saúde para as doenças transmissíveis e não transmissíveis, proporcionar o acesso a essas tecnologias e inovações incorporadas ao SUS, incluindo medicamentos e vacinas, a toda a população. +

Meta 3.C

Nações Unidas

Aumentar substancialmente o financiamento da saúde e o recrutamento, desenvolvimento e formação, e retenção do pessoal de saúde nos países em desenvolvimento, especialmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento.

Brasil

Aumentar substancialmente o financiamento da saúde e o recrutamento, desenvolvimento, formação e retenção do pessoal de saúde, especialmente nos territórios mais vulneráveis.

Meta 3.D

Nações Unidas

Reforçar a capacidade de todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, para o alerta precoce, redução de riscos e gerenciamento de riscos nacionais e globais de saúde.

Brasil

Reforçar as capacidades locais para o alerta precoce, redução e gerenciamento de emergências e riscos nacionais e globais de saúde.

Depoimentos
Professores em sala de aula
Karen Sellis

Desenvolvi um projeto de educomunicação com os alunos do 6º ao 9º ano, onde eles criaram podcasts sobre cada um dos ODS para dar voz a um grande graffiti sobre o tema que tínhamos em um muro do pátio, professora Karen Sellis, EMEF Prof Laerte Ramos de Carvalho. Saiba mais

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